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sábado, 28 de maio de 2011

As Pombas




Vai-se a primeira pomba despertada...

Vai-se outra mais... mais outra...

enfim dezenas

Das pombas vão-se dos pombais,

apenas Raia sangüinea e fresca a madrugada.

E à tarde, quando a rígida nortada Sopra,

aos pombais, de novo elas, serenas,

Ruflando as asas, sacudindo as penas,

Voltam todas em bando e em revoada...

Também dos corações onde abotoam

Os sonhos, um a um, céleres voam,

Como voam as pombas dos pombais;

No azul da adolescência as asas soltam,

Fogem...

Mas aos pombais as pombas voltam,

E eles aos corações não voltam mais.

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